Mais do que um guia de viagens, a revista Andança oferece histórias, perfis inspiradores e uma narrativa que conecta o leitor ao coração do Brasil. Barbara Ataide, fundadora da Agência Lunga, diretora de conteúdo e jornalista responsável pela publicação, contou um pouco sobre os bastidores da criação da revista.
Lançada pela Gondwana Brasil com todo projeto editorial assinado pela Agência Lunga, a revista Andança surgiu como uma celebração do turismo cultural e responsável, alinhada aos valores e à essência da Gondwana. Sob a direção de conteúdo de Barbara, com assistência editorial de Evellyn Nascimento e design gráfico de Lucas Richardson, a publicação reúne expertise jornalística, estratégias comerciais e uma curadoria visual única. Combinando esforços criativos e operacionais, a revista reflete o compromisso da equipe em criar uma experiência imersiva e autêntica para leitores e viajantes.
Confira a entrevista abaixo:
Agência Lunga: Qual foi o principal objetivo da Gondwana ao criar a revista Andança?
Barbara Ataide: A Gondwana já tinha publicado outras vezes um catálogo com os principais destinos e tudo mais, mas acabava que tinha esse formato de catálogo mesmo, com informações mais técnicas, mais comercial, inclusive a parte de publicidades e de permutas. A ideia com a Andança foi criar algo mais rico, com uma abordagem que priorizasse o conteúdo editorial. Queríamos entregar algo de maior valor, que fosse além do óbvio e da dinâmica comercial tradicional, aproveitando outras possibilidades que hoje podemos explorar em canais digitais ou conversas diretas.
Nosso foco foi trazer um olhar mais jornalístico, narrativo e contextualizado, capaz de contar histórias e aprofundar o conhecimento sobre os destinos. O objetivo principal, além de ser comercial, era cativar os parceiros estrangeiros da Gondwana, que vendem essas experiências para seus clientes finais, os viajantes. Queríamos que essas pessoas tivessem em mãos um material que transmitisse o encanto que nós sentimos pelo Brasil. Ao mesmo tempo, a revista ajudaria esses parceiros a entender melhor os destinos e, consequentemente, a oferecer um serviço mais qualificado para os clientes, fortalecendo suas vendas e enriquecendo a experiência de viagem.
AL: Quando e onde a Andança foi lançada oficialmente?
BA: O lançamento oficial da revista aconteceu durante a WTM Londres, uma das maiores feiras internacionais de turismo, em novembro de 2024. Assim que a edição impressa ficou pronta, as representantes da Gondwana, Camila Barp e Renata Caggiano, levaram exemplares diretamente para o evento. Foi uma estratégia comercial importante, já que o objetivo era entregar a revista em mãos para os principais parceiros internacionais da empresa, fortalecendo os laços comerciais e apresentando o novo material com o impacto que ele merece.
Além desse momento inicial, a revista foi lançada também em versões digitais da revista, disponíveis em português e em inglês. A tiragem física foi direcionada estrategicamente: a maior parte em inglês, destinada ao público internacional, e uma menor em português, reservada para parceiros locais e fornecedores brasileiros.
A publicação foi pensada para acompanhar a Gondwana e seus parceiros ao longo de um ano inteiro. A ideia é que essa edição permaneça em circulação até 2025, quando uma nova versão, com outro tema, será lançada, dando continuidade a esse projeto.

AL: Como foi o processo de criação do conteúdo informativo da revista?
BA: Antes de tudo, refletimos bastante sobre o que faria sentido abordar na primeira edição. O objetivo era escolher um tema que tivesse relevância, mas também um vínculo emocional com a história da Gondwana. Criar uma revista com essa abordagem era um sonho antigo da equipe, inspirado por referências de publicações internacionais que a Camila Barp e a Daniela Meres, diretoras da Gond, admiravam.
Depois do alinhamento inicial, começamos o planejamento. Em uma das reuniões de brainstorm, ficou claro que o tema deveria ser o litoral paranaense, o berço da Gondwana. Esse lugar carrega um significado especial para a história da empresa e para as fundadoras, já que sempre esteve entrelaçado com os valores que representam a essência da Gondwana.
A partir disso, começamos a estruturar o conteúdo. Identificamos as histórias e personagens que poderiam enriquecer a narrativa. Além disso, trabalhamos para contextualizar os valores institucionais da Gondwana, mostrando como a empresa se conecta com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e reforçando a importância de seu modelo de trabalho. Incluímos também uma introdução à cultura brasileira, com pinceladas sobre história, brasilidades e aspectos gerais que poderiam interessar ao público estrangeiro.
Para diversificar ainda mais, convidamos colaboradores para escrever artigos, criamos o perfil de uma guia de turismo reconhecida, indicada pelas fundadoras, e desenvolvemos materiais interativos como tabelas e infográficos. Cada detalhe foi pensado para oferecer uma experiência rica ao leitor, desde as histórias mais íntimas até informações práticas sobre destinos brasileiros. O resultado é um conteúdo que mescla profundidade, inspiração e funcionalidade, alinhado aos objetivos comerciais e culturais do projeto.
AL: Como a linha editorial foi estruturada para alinhar aos objetivos comerciais?
BA: Bom, eu acho que a resposta anterior já falou bastante disso, mas outra sessão que eu não tinha comentado antes, que também tem muito a ver com os objetivos comerciais, é que a gente trouxe uma sessão com “O Melhor do Brasil”, e citamos os principais parceiros em todo o território. Então foi feito um acordo comercial com isso, mas pensando em realmente trazer essas principais hospedagens, nos principais destinos que são vendidos e comercializados pela Gondwana.

AL: Quais foram os principais desafios durante a produção da revista?
BA: Como em qualquer grande projeto, os desafios foram muitos e se apresentaram em diferentes momentos do processo. Por ser a primeira edição, tudo começou pela necessidade de estruturar a revista do zero: definir a diagramação, buscar referências visuais, alinhar os objetivos e determinar o tema central. Essa etapa inicial foi fundamental para criar uma base sólida, mas também exigiu bastante esforço, especialmente porque queríamos que cada detalhe refletisse os valores e o propósito da Gondwana.
A escolha do nome, por exemplo, foi um momento significativo e desafiador. A sugestão veio de mim, mas baseada em um estudo de branding já existente, feito anteriormente pela Badauê. Esse estudo trouxe insights sobre a essência da marca e ajudou a construir a narrativa por trás do nome Andança.
A parte visual também trouxe seus próprios desafios. Trabalhamos com um ilustrador, e foi preciso alinhar briefing, passar referências e acompanhar o desenvolvimento das artes para garantir que tudo estivesse em harmonia com a proposta editorial e visual da revista.
E tudo isso precisava ser feito dentro de prazos apertados e mantendo a visão estratégica do projeto. A grandiosidade do trabalho exigiu um esforço coletivo intenso para garantir que cada detalhe estivesse impecável e que a revista fosse uma ferramenta não apenas inspiradora, mas também funcional para os objetivos comerciais da Gondwana. No fim, tudo valeu a pena!
A revista Andança representa muito mais do que um produto editorial: ela é um marco na trajetória da Lunga. Para a equipe, o projeto simboliza a materialização de um sonho antigo: criar um conteúdo que fosse simultaneamente relevante para o mercado e profundamente conectado à identidade cultural brasileira. Foi uma oportunidade de colocar em prática valores fundamentais da agência, como inovação, autenticidade e impacto social.
Além disso, a revista elevou o patamar da nossa atuação no mercado editorial e no segmento de turismo responsável, posicionando a agência como uma referência na criação de narrativas que vão além do comercial. A Andança não apenas fortaleceu a parceria com a Gondwana Brasil, mas também deu visibilidade ao trabalho da Lunga, destacando sua capacidade de transformar ideias em produtos inspiradores e impactantes.
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